sábado, 22 de dezembro de 2012

Inocencia



Não tenho por hábito procurar música. Não quero com isto dizer que não goste de a ouvir. Não. Muito pelo contrário. Mas gosto de ser surpreendida. Gosto que me mostrem músicas novas, que me digam: "ouve que vais gostar". Também não tenho um estilo definido. Gosto de muita coisa, embora não goste de tantas outras, enfim, é meio complicado explicar do que realmente gosto de ouvir, acho que nem eu própria sei. Quando ouço sei que gosto. E quando gosto, ouço sem nunca me cansar.
Gosto de músicas que contam histórias. Gosto de músicas que me fazem sentir e acreditar que pode haver um mundo perfeito e me transportam para ele. Para mim, uma das histórias mais bonitas que já li, ou tenho vindo a ler ao longo da minha vida e agora novamente com as crianças, é "O Principezinho". Faz parte da minha infância, da minha idade adulta e do meu imaginário romântico. Por isso este álbum é tão especial para mim. As músicas são como as páginas do livro, vão contando a história, mas sem palavras. E como o título nos diz, com a  inocência que só o Principezinho nos consegue transmitir. O Principezinho que é a imagem de todas as crianças no seu esplendor da inocência e bondade. Sim, porque eu ainda acredito que é isto que todas as crianças são.
Desfrutem!!



sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Bolas de Neve


Ando sempre à descoberta de novas receitas e principalmente daquelas que não levam açúcar nem ingredientes de origem animal. Entrei na onda dos bolos vegetarianos e já nem quero outra coisa, mas bolos sem açúcar ainda é coisa que tenho que trabalhar. 
Há uns tempos atrás deixei aqui uma receita de bolinhos crus de amêndoa, mas levavam açúcar. A receita é deliciosa mas queria melhorá-la. Hoje acordei com uma ideia de uns bolinhos crus sem açúcar. Fui comprar os ingredientes e aqui estão eles. Deliciosos. Nem sequer precisaram de forno. Totalmente crus, sustentáveis, fáceis de fazer e maravilhosos. Espero que gostem. E nesta época natalícia e fresquinha, nada como umas bolinhas de neve!!
Poderão encontrar-me, a mim e aos meus bolos entre outras coisas, na feira de Almoçageme aos domingos de manhã ou muito brevemente na loja da Colher de Mãe que está em fase de preparação para o novo ano. Até breve!!

Ingredientes:
200 grs de amêndoas com pele demolhadas durante 12h
200 grs de tâmaras sem caroço
6 colheres de sopa de coco ralado sem açúcar
coco ralado para embrulhar os bolinhos

Deitar as amêndoas demolhadas e sem água juntamente com as tâmaras e o coco numa liquidificadora e triturar até fazer uma pasta. Formar bolinhas com as mãos e passá-las por coco ralado.
Bom apetite!! 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Um Cavaleiro em Tricô




Tinha ficado a promessa de que em setembro voltaria a aparecer por aqui com coisas novas e algumas feitas pelos miúdos. Já não estamos em setembro e temos tido pouco tempo para o tricô, mas consegui finalmente dedicar-me ao cavaleiro do Lourenço que está a tomar forma. A Íris continua à espera da sua princesa cor-de-rosa mas será a próxima da fila e para o Simão será um peixinho cor-de-laranja conforme prometido. Tudo pedidos especiais.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Este Momento #25


À porta de casa

{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.

{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words - capturing a moment from the week. A simple, special, extraordinary moment. A moment I want to pause, savor and remember.


A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais.
A ideia original saiu do blogue soule mama.

The first time I saw this idea was in A Horta Encantada and felt it would be wonderful if I would do the same. I've got some photos, special photos, that I would like to use but don't know where or how. I think sometimes you won't understand some of them, but for me they are special.
Original idea from the blog soule mama.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

E hoje foi assim...


Costumo preparar aulas. Tenho sempre um plano académico do que vamos fazer em cada dia, temos horário, baseamos-nos no que foi feito anteriormente e vamos avançando no currículo. Sempre de uma forma agradável, ou pelo menos o mais agradável possível, embora para a Madalena as coisas sejam mais a sério do que para o Lourenço. Com ela funcionamos muito com os manuais embora os complementemos com muita informação que pesquisamos na Internet.  Com ela tento trabalhar muito e todos os dias se possível, a autonomia e a escrita. A Madalena tem muito pouca autonomia para trabalhar. Não gosta que eu me afaste e está sempre a fazer perguntas com medo de errar respostas. Essa falta de confiança que ela revela, creio dever-se, infelizmente, aos últimos anos que passou na escola. Com a professora que teve no 3º e  4º anos era obrigada a decorar coisas para responder a testes e só podia fazer o que a professora lhe pedia e não devia em momento algum fazer grandes invenções. A experiência escolar da Madalena nos últimos anos foi muito castradora e fê-la perder muita da imaginação que tinha. Aliás, infelizmente perdeu alguma elasticidade mental que tinha anteriormente. É essa parte que tentamos trabalhar agora em casa. Mas para ela é complicado libertar-se e perder esse medo de inventar e mesmo de errar. Dou-lhe muitos trabalhos em que ela tem que pesquisar as respostas, tudo sempre com consulta, e mesmo assim tem dificuldade em encontrar o que é preciso. Mas sei que com o tempo vai conseguir trabalhar sozinha e  ultrapassar esta dificuldade de procurar informação. Porque é isso que eu quero. Que ela saiba onde procurar, como procurar, selecionar a informação e responder. E nem sempre existe apenas uma resposta!!
Com o Lourenço é tudo muito mais livre e ao ritmo dele. Muitas vezes, pede para trabalhar no caderno, mas muitas vezes também, pede para não ter que escrever nada e fazemos tudo em tom de conversa. Às vezes, aproveito os desenhos que ele faz todos os dias para trabalharmos vocabulário e até matemática. E cada dia que passa ele consegue permanecer mais tempo concentrado e a trabalhar. Desde que não o impeçam de fazer desenhos e jogar uns jogos no computador, o Lourenço está feliz. E mesmo com esta coisa dos jogos, já fui muito mais rígida. É uma coisa que ele adora realmente e é um bónus que tem ao fim de cada dia. Também veem muitos filmes. Como não temos televisão trazemos filmes da biblioteca e eles veem-nos em "modo repeat"!
Hoje de manhã acordou tudo virado para a brincadeira e para as artes. O Lourenço levantou-se bem mais cedo do que o habitual e foi meter-se na minha cama com um livro para lermos em conjunto. Eu li umas partes e ele algumas palavras soltas. Foi uma boa aula e sem sair do quentinho da cama. Depois do pequeno almoço, enquanto eu arrumava umas coisas juntaram-se os três de pincéis na mão para pintarem umas contruções que têm andado a fazer em massa branca. Na sexta feira a Madalena disse: "Mãe, eu gostava mesmo de fazer o meu iglo. Quando é que posso? Tens massa?" (Andámos a ler sobre os esquimós e ela ficou com esta ideia de fazer um iglo, embora sabendo que os esquimós já não vivem neles. Modernices!)  Chegou a casa, deitou mãos à obra e fez tudo isto sozinha. Achei brilhante e um verdadeiro progresso para ela.


O Simão e o Lourenço pegaram numa espécie de lego que cá temos e começaram uma nave espacial e uma torre para os Gormiti. A Madalena juntou-se a eles.


E ao vê-los assim, não tive coragem de os mandar sentar de livros à frente. Foi dia de brincadeira!
Construções, pinturas e brincadeira. E logo à tardinha têm hockey! Amanhã logo se vê para onde estão virados...



sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Este Momento #24 : A Árvore



{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.

{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words - capturing a moment from the week. A simple, special, extraordinary moment. A moment I want to pause, savor and remember.


A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais.
A ideia original saiu do blogue soule mama.

The first time I saw this idea was in A Horta Encantada and felt it would be wonderful if I would do the same. I've got some photos, special photos, that I would like to use but don't know where or how. I think sometimes you won't understand some of them, but for me they are special.
Original idea from the blog soule mama
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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Matemática com Cartas



Ando sempre a tentar descobrir novas formas de estudarmos cá por casa. Às vezes até sonho com isso. Sou adepta dos jogos. Acredito mesmo que não há melhor forma de aprender do que jogando e brincando com as coisas. Mas às vezes dá mesmo muito trabalho, ou pelo menos requer muita imaginação, encontrar coisas divertidas para fazermos.
Ontem, a passear os olhos pelo Pinterest, vi um jogo de matemática feito com cartas de jogar, mas faltava-lhe qualquer coisa. Era uma boa ideia, mas precisava de algo mais desafiante. Então, mais tarde, depois de muito pensar naquele assunto, fez-se luz no meu pequenino cérebro. Inventei um jogo, e estou contente com o resultado. Hoje já jogámos a manhã toda e até houve queixas da parte da Madalena a dizer que era difícil. Ora, era mesmo isso que eu queria!! Se fosse fácil não dava aquela pica...
Então vou passar a explicar como funciona e quais as regras:

Material necessário:
2 baralhos de cartas sem damas, nem valetes nem reis, mas com jocker
2 folhas A5 se tiverem 2 crianças em níveis diferentes de aprendizagem (as nossas folhas ainda estão em rascunho, mas penso melhorá-las e plastificá-las. Depois mostro.)
1 dado
2 peças marcadoras de posição


As folhas A5 estão divididas em quadriculas, como podem ver (mal) na foto. Para as crianças mais pequenas, como o Lourenço que está agora no 1º ano, colocámos números até 20. Cada jogador começa com 8 cartas na mão. Joga-se o dado e vai-se andando nos quadradinhos. Quando paramos num número temos que encontrar cartas que somadas deem aquele resultado. Podem ser mais do que duas cartas. Se não tivermos as cartas certas podemos ir ao molho que colocámos no centro da mesa e recolhemos cartas até conseguirmos fazer a dita soma. Ganha o jogo quem acabar primeiro as cartas todas.
Para as crianças com mais idade, como a Madalena que está no 5ºano, o tabuleiro tem números que sejam resultados da tabuada até ao número 100. As regras são um pouco mais desafiantes. Temos que encontrar o número pretendido usando pelo menos uma multiplicação, mas podemos usar também somas e subtrações. Ainda não estudei o jogo para as divisões, mas creio que também funciona, embora seja mais difícil. E com a Madalena sempre a refilar, talvez seja melhor treinar apenas a tabuada. Pelo menos para começar.  Podemos apresentar vários resultados se assim quisermos, visto que o objetivo do jogo é acabar com as cartas que temos na mão. Por exemplo, se nos calhar o número 49 podemos apresentar o resultado 7x7, mas também podemos apresentar 5x8+9, ou qualquer outra combinação que as nossas cartas permitam. A regra mais importante é que temos que usar sempre uma multiplicação.
Vamos lançando os dados, vamos fazendo as contas e ganha quem acabe primeiro as cartas. Parece simples, é simples, mas desafiante.


É verdade!!! Também temos os jocker para nos facilitar a vida. Quando estamos atrapalhados, podemos usar o jocker para substituir qualquer carta. Se tivermos um nas mãos claro!
Espero que tenham percebido a minha explicação e que se divirtam muito com este jogo. Eu estou fã! Mesmo com a Madalena a refilar o tempo todo que é muito difícil...
Claro, o Lourenço ganhou os dois jogos, o que deixou a Madalena ainda mais zangada a dizer que não era justo ela ter que estudar a tabuada e ele só fazer somas e ainda por cima sempre com ajuda. Pobre Lourenço... é mais difícil para ele encontrar os números para fazer as somas do que para ela saber a tabuada. Mas a Madalena é mesmo assim. É o meu desafio diário saber entender aquela cabeça. E às vezes é bem difícil...

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Hambúrgueres de Aveia e Nozes



Mais uma receita preciosa para juntar à lista das comidas sem carne. No início de cada mês faço uma lista de cerca de 15 refeições sem carne que vou cozinhar para a família ao longo do mês. Faço as compras para todas essas refeições e depois é só escolher qual me apetece fazer a cada dia. Claro que a lista não é rígida. Se nos apetecer outra coisa não temos que cozinhar o que está na lista,  mas assim facilita a gestão da despensa e da imaginação. Como fazer comida para toda a família todos os dias não é das minhas ocupações favoritas, esta lista dá-me algum sossego. Mas tenho que ir acrescentando coisas novas de vez em quando para não estarmos a comer sempre a mesma coisa. Esta receita de hambúrgueres foi um achado que fiz aqui neste blogue.
Adaptei a receita e ficou para sempre na nossa lista porque todos adoraram. O acompanhamento preferido cá em casa é o esparregado. Somos todos viciados!!!E eu adoro vê-los comer com gosto!!
Espero que gostem...
Bom apetite!!

Ingredientes:
150 grs de nozes
200 grs de flocos de aveia
100 grs de broa de milho ralada
1 copo de leite de arroz (deixámos de consumir leite de soja e alterei a receita)
2 ovos
1 cebola picada
3 dentes de alho
sal e pimenta
coentros e oregãos a gosto 

Picar as nozes com a aveia. Juntar a broa ralada e adicionar a cebola, os alhos, o leite de soja e os ovos. Misturar muito bem com as mãos e acrescentar os temperos. Formar pequenas bolas com as mãos e achatá-las até terem a forma de hambúrgueres. Numa frigideira com azeite, dourar os hambúrgueres de um lado e do outro. Acompanhar com esparregado.

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Este Momento #23

Romanos na Península Ibérica com torradas para pequeno almoço

{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.

{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words - capturing a moment from the week. A simple, special, extraordinary moment. A moment I want to pause, savor and remember.


A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais.
A ideia original saiu do blogue soule mama.

The first time I saw this idea was in A Horta Encantada and felt it would be wonderful if I would do the same. I've got some photos, special photos, that I would like to use but don't know where or how. I think sometimes you won't understand some of them, but for me they are special.
Original idea from the blog soule mama.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Peixes


A Luísa Pitadas, que tem um blogue sobre ensino doméstico que eu gosto muito de espreitar, convidou-me para participar num outro blogue, onde várias famílias em ensino doméstico apresentam alguns trabalhos. A coisa funciona da seguinte maneira: a Luísa dá-nos um tema de quinze em quinze dias e nós temos que o trabalhar da forma que melhor entendermos. No final desses quinze dias todas as famílias que o queiram fazer podem postar o seu trabalho e comparamos as diversas abordagens. É muito engraçado ver como cada família tem a sua forma de trabalhar e desenvolver diferentes assuntos. 
Esta quinzena, até 15 de Novembro, o tema era "Peixes". Nós trabalhámos o tema da forma que as crianças quiseram. Não estavam muito viradas para grandes pesquisas e voltaram-se mais para as artes. Origamis é uma atividade muito querida cá por casa e faz parte da nossa "escola" sempre que possível. Por isso, resolvemos fazer peixinhos em Origami. Vários tipos de peixinhos. Cada um fez o seu e pintou-o da forma que entendeu. Eu também participei, claro. Nunca perco uma oportunidade!!
Ao mesmo tempo, estamos a estudar os Romanos em História. Esta disciplina faz parte do currículo do 5ºano mas nós fazêmo-la para todos. Até o Lourenço tem aprendido umas coisas. Durante o nosso estudo sobre os Romanos, descobrimos que o "peixe" era um dos símbolos secretos dos cristãos aquando da ocupação romana na Península Ibérica e fizeram-se muitos mosaicos romanos com a figura do peixe. Logo, como já andávamos há algum tempo a querer pintar um mosaico romano, resolvemos fazer um com a figura do peixe.
Se quiserem seguir os nossos trabalhos podem encontrá-los aqui. Vamos, a partir de hoje, responder sempre que possível, aos desafios da Luísa.
Espero que gostem! 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Green Smoothie pela fresquinha


Há cerca de 6 meses que começámos a beber green smoothies ou batidos de fruta e vegetais ao pequeno almoço. Nunca mais comemos outra coisa, e quanto a mim, que era viciada em torradas e café, se não tiver possibilidade de fazer este pequeno almoço, não como nada senão fruta. O café já não entra de forma alguma, e as torradas, só o mal que entretanto percebi que me faziam a todo o sistema digestivo, nem pensar! Mas isso já é outra história. Isto para vos dizer que, começando a beber estes batidos deliciosos, ficamos completamente viciados. Dão imensa energia que se prolonga até à hora de almoço, enchem-nos a barriga de vitaminas, fibra e enzimas que são tão importantes para o nosso organismo. Para não falar do seu poder antioxidante e alcalinizante. 
Todos aqueles a quem falamos dos nossos pequenos almoços nos perguntam como se faz, por isso, resolvi deixar-vos aqui uma receita base, mas podem sempre inventar a vosso gosto e experimentar novos sabores.
O importante é usar sempre folhas verdes que podem ser de couve, espinafres, agriões (para quem gosta do seu sabor forte), brócolos ou até mesmo uma simples alface. Quando digo folha é mesmo esta a regra, deve retirar-se sempre o talo e usar apenas a folha. Podem pôr um bocadinho de hortelã, manjericão, salsa, qualquer coisa verde que gostem. Depois é juntar fruta a vosso gosto. A proporção que nós usamos é 50% vegetais para 50% fruta, em volume. Parece confuso, mas depois de se começar torna-se mais simples e começa-se a inventar. O problema mesmo é ter sempre a casa abastecida com os ingredientes que mais gostamos. Abacate e banana são duas frutas que tornam os batidos muito cremosos, por isso aconselho a porem sempre pelo menos uma delas. A banana tem a vantagem de adoçar o batido. Para os principiantes, digo sempre para colocarem mais fruta do que vegetais de folha verde e a usarem mais do que uma banana. Mais tarde vão começar a reduzir a quantidade de doce e a aumentar os verdes, mas para começar é mais fácil assim.
Agora vou deixar aqui uma receita base e a partir dela podem  inventar sabores a vosso gosto.
Cá por casa fazemos 2 litros de batido ao pequeno almoço e não sobra uma gota, mas se acharem muito, façam apenas metade da receita. Nós temos uma bimby que nos simplifica muito o processo. Se não tiverem uma máquina destas aconselho a usarem uma blender bem potente para que não fique com bocados inteiros. O objetivo é que fique mesmo smoothie...
Vão adorar! Cá em casa, embora o Lourenço seja quem menos aprecia os smoothies, todos comemos este pequeno almoço todos os dias.

Ingredientes para 2 litros de batido verde:
12 folhas de espinafres 
2 folhas de couve coração sem talo
10 amêndoas com pele
2 pêras
2 maçãs
20 uvas brancas
1 fatia melão
1 banana
1/2 abacate
1 colher de chá de canela
água

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Bolo de Aniversário do Pai Zé Maria



Há já algum tempo que me meti nesta aventura dos bolos vegan, mas não tem sido fácil alcançar bons resultados. Os muffins resultam na perfeição, mas os bolos de aniversário têm-se mostrado difíceis de conseguir. Este foi o primeiro digno de ser postado. 
Claro que, como em tudo na vida, as opiniões dividem-se. Há aqueles que gostam de bolos vegan, com pouco açúcar e textura diferente, e há aqueles que dizem logo que não sabe a nada. A minha sobrinha Inês disse logo que estava horrível, que não sabia a nada. Eu gosto de bolos assim. Já me habituei de tal forma a bolos com pouco ou nenhum açúcar e sem ovos nem manteiga, que dificilmente como um bolo normal. Isto só para dizer, que quem estiver habituado a bolos vegan vai concerteza gostar deste! Quanto a mim, o único defeito que lhe encontrei foi ter cozido um pouco demais. É um cuidado a ter nos bolos vegan. No final da cozedura, se ainda vier um pouco de bolo agarrado ao palito, então está na hora de desligar o forno. Não podemos seguir o truque dos bolos normais, ou fica um pouco seco. Mas comestível na mesma... 
A cobertura do bolo estava deliciosa e se por acaso vos acontecer cozerem demasiado o bolo, podem sempre abri-lo ao meio e rechear com o mesmo creme da cobertura. De chorar por mais!!!
Para os meus amigos vegan... um bolo a não perder!!!


Ingredientes para o bolo:
2 copos de farinha de trigo
1 copo de amido de milho
1 copo de cacau em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 copos de café 
2 colheres de chá de vinagre
1 copo de açúcar mascavado 
(para os mais gulosos, 2 copos, ou acrescentar um copo de geleia de milho)
1 copo de óleo de coco

Ingredientes para a cobertura:
2 copos de leite de soja
3 colheres de sopa de açúcar mascavado
3 colheres de sopa de cacau em pó
1/5 copo de água morna
1 colher sopa de amido de milho

Numa taça juntar todos os ingredientes secos peneirados. Noutra taça juntar todos os ingredientes líquidos e mexer bem. Juntar tudo e bater com a batedeira. Levar ao forno pré aquecido a 200ºC durante cerca de 40 minutos numa forma redonda sem buraco.
Para a cobertura, misturar todos os ingredientes num tacho e cozer em lume brando até ficar cremoso. Quem tiver uma bimby tem a vida ainda mais facilitada. Juntar tudo na velocidade 4 a 70ºC!! :)
Cobrir o bolo com este creme depois de estar frio. Quem queira pode também recheá-lo.
Para aqueles menos radicais como eu, espalhar raspas de chocolate amargo e de chocolate branco por cima do creme da cobertura. Dá-lhe aquele toque...
Bom apetite e bom aniversário!!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Bolachas Vegan com Chocolate Negro



Hoje é dia de aniversário cá em casa. O pai Zé Maria faz 47 anos!!! Ontem, passámos a tarde na cozinha  a preparar o resto da prenda que os miúdos queriam oferecer ao pai. Digo o resto porque a outra parte da prenda já acabámos durante a semana.
Os pequenos pegaram num frasco que cá tínhamos em casa e, com a técnica de découpage, colaram desenhos feitos por eles. Até o Simão participou. E só à noitinha quando lhe lavei os dentes,  percebi que aquela capa esbranquiçada que tinha à volta da boca não eram restos da papa do lanche, mas sim cola!!!!
Sobreviveu...
Depois de pronto o frasco, nada mais que uma bela fornada de umas deliciosas bolachas vegan para o encher. E digo deliciosas mesmo!!! Maravilhosas!!! Uma receita fantástica que adaptei deste blogue:  http://bussolavegan.blogspot.pt/2010/09/cookies.html. Parecem aquelas bolachas com pepitas de chocolate que compramos no supermercado, só que muito mais saudáveis. 
Os miúdos adoram passar uma tarde na cozinha a fazer bolos ou bolachas e claro que acabam sempre com a barriga cheia!! Depois é só conseguir voltar a ter a cozinha como estava antes... mas eles já ajudam! Enquanto lavo a loiça toda, um deles aspira o chão e o outro vai arrumando as coisas no lugar. O Simão anda por ali a fazer disparates uns atrás dos outros, como destruir sementeiras, por exemplo!!
Acho que o pai vai adorar a prenda das crianças, mas acho que não vai durar muito tempo. Depois é só fazer mais umas fornadas para voltar a encher o frasco.
Espero que gostem!
Bom apetite!


Ingredientes para cerca de 45 bolachas:
2 copos farinha de trigo
2 colheres chá bicarbonato de sódio
1/2 colher chá canela em pó
1 copo açúcar mascavado
3/4 copo óleo de coco
3/4 copo café
1 copo chocolate negro picado

Aquecer o forno a 180ºC. Misturar os ingredientes secos à exceção do açúcar e misturar bem. Noutra taça, misturar o açúcar com o óleo de coco e mexer com um garfo. Juntar o café a esta mistura e mexer bem. Juntar os ingredientes secos com os líquidos e mexer sem bater. Quando estiver tudo bem misturado, encher um saco de pasteleiro com esta massa e formar bolachinhas. A massa fica bastante mole e torna-se fácil fazer as bolachas. Cobrir cada uma das bolachas com o chocolate negro picado e levar ao forno num tabuleiro forrado com papel vegetal. Estão prontas quando crescerem e parecerem ainda meio moles. Depois de arrefecerem ficam estaladiças. Guardar num frasco, se sobrar alguma...

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Passeio de bicicleta


Fomos dar um passeio de bicicleta e eu não resisti em aqui vos contar esta aventura de uma família que sai de casa toda equipada para dar uma volta e regressa meia hora depois com um ar vitorioso de prova superada. Sim, para nós é assim. 
Em primeiro lugar, o cromo número um a andar de bicicleta é a mãe. A mãe aqui de casa adora andar de bicicleta, mas os seus dotes nesse desporto não vão além de conseguir, muito concentrada, manter-se em equilíbrio em cima da dita. E muitas vezes vai ao chão. Basta uma das crianças fazer uma razia às rodas do velocípede e a mãe vai ao chão, na hora. Aliás, já foi! E com o Simão atrás. Enfim, uma verdadeira desgraça. Mas mesmo assim adora umas voltinhas de bicicleta. Ah! E claro, para não falar no pânico que sente ao ver um cão a um quilometro de distância. É mulher para fazer mais uns quilómetros a pedalar só para não se cruzar com o dito cão.
Depois temos a Madalena, que é uma boa ciclista, aventureira destemída, que desde que recebeu uma bicicleta com mudanças no seu aniversário, não perde uma voltinha. 


Logo a seguir vem o Lourenço, que herdou com muito orgulho a velha máquina da irmã, cor de rosa e amarela, por sinal. Nada disso o incomoda, mas o facto de a bicicleta não ter mudanças é um problema. Enquanto é a descer ou a direito o Lourenço é o herói da família, mas assim que se vislumbra uma subida no horizonte, o rapaz desce da bicicleta e vai a dizer mal da sua vida até a tortura acabar. E tem fome, e sede e doem-lhe as pernas, e não há mal que o rapaz não tenha.


O Simão, quando tem a sorte de sair de casa numa máquina de duas rodas conduzida pelo pai Zé Maria, o alívio e a descontração são tais, por ver que não é a mãe ao volante da coisa, que adormece assim que viramos a primeira esquina. 


Claro que, se for a mãe a conduzir a bicicleta onde ele se encontra, o risco de acabar colado no asfalto é grande e nem sequer lhe sai um bocejo. Vai ali de holofotes bem abertos à espera do desastre...
Mas desta vez saímos de casa com o pai. Sorte!! A volta foi pequena, mas suficientemente grande para o Lourenço carpir metade do tempo, a Madalena acabar triste porque queria mais um bocadinho, a mãe, feliz por ter chegado sem ter caído uma única vez e o Simão a dormir profundamente.


Adoro passeios de bicicleta. A sério que sim. E ainda hei-de saber andar com um ar seguro e profissional. Juro que hei-de!!
Só não sei é como é que o pai tem paciência para estas saídas... :)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Este Momento #22

Os livros da biblioteca

{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.

{this moment} - A Friday ritual. A single photo - no words - capturing a moment from the week. A simple, special, extraordinary moment. A moment I want to pause, savor and remember.


A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais.
A ideia original saiu do blogue soule mama.

The first time I saw this idea was in A Horta Encantada and felt it would be wonderful if I would do the same. I've got some photos, special photos, that I would like to use but don't know where or how. I think sometimes you won't understand some of them, but for me they are special.
Original idea from the blog soule mama.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Jogo da Glória Homemade


Em dias de chuva como o de hoje em que a neura e a loucura se instalam facilmente numa casa com 3 crianças enclausuradas, só mesmo com um joguinho para descontrair é que conseguimos um convívio pacífico.
Decidimos construir um Jogo da Glória desde o zero. Assim, pegámos numa folha de desenho A3 e desenhámos o nosso tabuleiro de jogo. Para ficar uma coisa mais colorida e animada decidimos usar os nossos fantásticos lápis Caran D'Ache e pintámos o jogo com as cores do arco-íris. Depois colámos a folha A3 numa base de cartão que sobrou das caixas da mudança e ficou assim.



Depois, as crianças quiseram fazer as suas peças de jogo em massa FIMO e assim fizeram. Costumamos comprar o nosso material de artes na loja Ponto das Artes no Cacém, fica perto de casa e os preços são muito acessíveis.
A Madalena construiu uma bola cor de rosa e o Lourenço uma espada, claro!!
Depois do jogo construído foi só diversão. Desta vez ainda usámos algumas perguntas do Trivial porque não tínhamos as nossas feitas em cartões. Mas daqui para a frente usaremos cartões feitos por nós com perguntas sobre os temas que estamos a estudar. Claro que para mim as perguntas são sempre do jogo Trivial para que nunca tenha hipóteses de ganhar. Cada um tem o que merece... ainda vou acabar a fazer noitadas para estudar os cartões do Trivial.
Vamos ter variadíssimas perguntas e cada cartão tem duas opções de pergunta, uma para o 5ºano e outra para o 1ºano. Pode haver perguntas sobre matemática, ciências, história, língua portuguesa, geografia, inglês ou arte. 


Hoje, durante o jogo surgiu uma pergunta sobre o surrealismo e o cubismo e aproveitámos para googlar sobre este tema. Claro que as crianças fizeram logo uma proposta: "Mãe, podemos pintar um quadro igual a este?" Acho que vamos fazer umas coisas de Picasso e Dali. Vamos ver o que é que sai...
Aqui fica uma ideia para dias de clausura, em que podemos estudar de uma forma divertida. A mãe tem uma trabalheira a fazer cartões de perguntas, mas as crianças ajudam e vão aprendendo qualquer coisa. 
Divirtam-se!!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Paelha Vegetariana


Este é um dos pratos vegetarianos mais apreciados cá em casa. Claro que as crianças resmungam sempre por causa do tomate e dos pimentos, mas eu vou insistindo, seguindo o velho ditado: "água mole em pedra dura..."
Espero que gostem da receita. É muito simples, super saborosa e rápida de fazer.

Ingredientes para a família toda:
2 copos cheios de abóbora cortada em pedaços pequenos
1/2 couve repolho
1 curgete
2 cenouras grandes
1 pimento cortado em pedaços pequenos
4 tomates maduros
3 cebolas cortadas em quartos e depois às fatias finas
4 dentes de alho
azeite, sal e pimenta q.b.
1 colher chá caril 
1 colher chá açafrão das índias
1 copo arroz basmati

Preparação:
Num tacho grande, colocar a cebola com azeite a alourar.
Quando a cebola estiver a ficar cozinhada, juntar o alho e a couve a estufar. Quando a couve estiver a ficar tenra, juntar o resto dos legumes, à exceção da curgete que entra só no final para não ficar em puré. Juntar metade da água que vamos usar para cozer o arroz e deixar cozinhar. 
Quando os legumes já estiverem tenros, juntar o arroz, o resto da água, os temperos e deixar cozer. Assim que o arroz estiver quase cozinhado, juntar a curgete. Esperar 5 minutos com o lume no mínimo e depois apagar. 
Servir com uma salada de alface. Uma delícia!!!
Bom apetite!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Unschooling ou aprender em liberdade


A brincadeira favorita do Lourenço
Cavaleiro, cavalo e origami

Comecei isto do ensino doméstico apenas há um mês e já aprendi muito com esta experiência. Sim, eu é que aprendi. Aprendi que há crianças que aprendem tudo com um livro à frente e que há outras a quem é preciso tirar a folha e o lápis do caminho para que consigam aprender alguma coisa.
O Lourenço é uma dessas crianças. Meti na cabeça, na minha cabeça, claro, que o Lourenço iria aprender a  escrever e mais tarde a ler com o método global. Com este método, que eu considero fantástico, as crianças aprendem a escrever e a ler do todo para o particular. Começam com palavras inteiras e só depois vão procurar as sílabas e as letras. Como o Lourenço gosta de livros, pensei que seria a melhor forma de o incentivar a escrever e a ler. Não funcionou. Não consegui fazer nada com ele.
Tive que parar para pensar e para mudar de estratégia. Ele conhece as letras, sabe dividir palavras em sílabas, então vamos começar por aí. Começámos... e funcionou! Fiquei pasmada. Em dois dias o Lourenço começou a escrever palavras, umas atrás das outras. Consegue escrever palavras como "cavaleiro", "cavalo", "origami", "coração", que nem sequer são palavras fáceis. Aprendi com ele. Sim, eu é que aprendi com ele, que o que é bom para uns não é nada bom para outros. Agora resta-me continuar esta caminhada com ele. Palavra atrás de palavra, ainda tudo sem papel, que para isso ele não tem a mínima paciência. 
O Lourenço ensinou-me que é possível aprender a escrever sem pegar no lápis e na folha. E eu aprendi a lição, não vão haver mais momentos de "senta aqui com o papel à frente" enquanto ele não estiver preparado e sempre que fazemos uma atividade ou falamos de um tema eu peço-lhe para me dizer como se escreve determinada palavra e assim vamos caminhando juntos no mundo das letras. Um dia ele vai pedir o papel e o lápis e outro dia ele vai ler a primeira palavra. Esse dia vai chegar, mas não vai ser quando eu quiser, vai ser quando ele quiser. É para isso que cá estou, todos os dias, para lhes dar o que eles precisam em cada momento.
Deixo-vos aqui este pequeno filme que me serviu de inspiração nos momentos mais difíceis em que pensei que não ia conseguir ultrapassar as dificuldades. Porque de facto, as dificuldades são minhas, não deles. Eles aprendem sempre. Se nós soubermos o que eles precisam!!!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Uma horta a nascer em Fontanelas

Já tinha decidido que este fim de semana era a data limite para pôr a horta a funcionar. Para além dos canteiros à volta da casa onde já tinha semeado cenouras, cebolas, rúcula e beldroegas, faltava arranjar o canteiro das aromáticas, transplantar as sementeiras para local definitivo e fazer novas sementeiras.
Comecei pelo canteiro das aromáticas, que descobri que tinha uma altura insuficiente para pôr as coisas diretamente na terra. Por isso, resolvi colocar tudo em vasos e floreiras e lá fiz o nosso canteiro de aromáticas onde podem ver hortelã, manjericão, rosmaninho e salva, oferecidos pelos nossos amigos "Soutelinhos", e por fim a salsa e os coentros do Horto da Praia Grande.


hortelã
manjericão, rosmaninho, salva, salsa e coentros

Como podem ver o Simão foi uma grande ajuda e inspiração para tratar da horta durante o fim de semana. Colaborou bastante...




Depois de arranjar os canteiros dediquei-me à verdadeira horta, ou pelo menos, àquilo que virá a ser a nossa verdadeira horta. O Zé construiu um magnífico compostor a partir de paletes que foi apanhando aí pelas ruas de Fontanelas. O Lourenço deu uma ajuda, e saiu esta obra de arte fantástica que tem sido de grande uso cá por casa. Deixámos de deitar fora todas as sobras orgânicas que eram imensas e passámos a colocá-las aqui dentro para mais tarde usarmos para enriquecer a terra.




O terreno onde estamos a fazer a horta é grande, mas está cheio de silvas e canas que têm que ser arrancadas. Essa parte deu mesmo muito trabalho e deixou-nos quase com bolhas nas mãos, mas não desistimos. Eu estava cheia de medo de não estar à altura desta tarefa, mas safei-me. Às vezes olhava para aquele terreno e nem sabia por onde começar, mas com a ajuda do meu engenheiro pessoal, consegui dar forma àquilo. E valeu a pena!!





Ali, naqueles regos feitos por nós, ainda sem sabermos muito bem como começar, estão batatas, mais uma vez oferecidas pelos nossos amigos "Soutelinhos" que gostam de nos oferecer coisas greladas e fora de prazo para pormos na terra. :) 
Nos regos seguintes estão diversos tipos de couve, alho francês e espinafres. Espero que agora chova um bocadinho para não ter que regar a horta. Com muita sorte nossa temos um poço para rega, mas ainda não construímos o sistema que nos vai permitir utilizar aquela água. Será a próxima etapa. Por enquanto acredito na força da natureza para fazer a nossa horta crescer.
Mais uma vez, o Simão foi um ajudante à altura...




No final do dia, já com as pernas e as costas a doer, ainda fiz novas sementeiras com mais couves, brócolos e alfaces. Agora é sempre a andar, sem parar. Espero ver esta horta produzir o suficiente para a nossa família viver. Espero daqui a um ano não ter que comprar legumes cá para casa. Aliás espero conseguir daqui a um ano vender legumes biológicos da nossa horta. Espero que o universo esteja do meu lado...