segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Matemática com jogos - Jogar bingo com contas pode ser tão divertido...

Nunca tentei que o Lourenço ou a Madalena soubessem a tabuada de cor, embora eu a saiba e goste disso. É uma das muito poucas recordações felizes que tenho do meu avó, pois foi com ele que a aprendi.
 Todos os dias de manhã enquanto ele fazia a barba, eu e a minha irmã jogávamos ao jogo da tabuada, ele perguntava e nós respondíamos. Para dizer a verdade sempre adorei saber a tabuada de cor e também as capitais dos países de todo o mundo, mas era eu que queria aprender. Era eu que fazia listas em papel com países e suas capitais, adorava saber todos os ossos do corpo humano, sabia a constituição das plantas e sabia um montão de bandeiras de diversos países. 
Se os meus filhos quisessem saber a tabuada, ou qualquer outra coisa, teriam todo o meu apoio, mas obrigá-los a saber determinada coisa apenas porque acho que poderá ser útil, não é mesmo o que me apetece fazer. 
De qualquer forma, o Lourenço não decora nem os nomes dos amigos, quanto mais a tabuada. Mas no Natal recebemos um jogo de Bingo e as primeiras vezes que jogámos ainda achámos alguma graça, mas pouco tempo depois percebemos que já não dava pica. Então, criei uns cartões com contas de multiplicar e algumas somas cujos resultados são os números do bingo, ou seja, resultados entre o 1 e o 90. 
A forma como o Lourenço chega ao resultado é totalmente livre e muitas vezes chega lá de formas bastante originais, mas a mim apenas me interessa que ele seja capaz de resolver os problemas, não me interessa a forma como o faz.
E hoje foi assim que começámos o nosso dia, eu e o Lourenço, porque o Simão e o Matias brincaram junto à lareira. 






sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Este Momento #50





{este momento} - Um ritual de Sexta-feira. Uma simples foto, sem palavras, capturando um momento da semana. Um momento simples, especial e extraordinário. Um momento que eu quero parar, saborear e recordar.
A primeira vez que vi esta ideia foi no blogue A Horta Encantada e achei fantástica. Tenho fotos aqui guardadas que não sabia o que lhes fazer, mas gosto delas por serem momentos especiais cá de casa. Quem as vir, não vai sempre entendê-las, mas para mim são especiais.

A ideia original saiu do blogue soule mama.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Panquecas sem Trigo

Já fez um mês desde que deixei de comer trigo. Decidi fazer esta experiência por diversas razões, mas principalmente para sentir os resultados no meu corpo e porque adoro este tipo de desafios. Sinto-me mais leve e com um raciocínio mais claro e mais rápido. Claro que não há milagres para alguém que vive com 4 crianças 24 horas por dia, não há falta de trigo que traga alguma sanidade mental, mas ainda assim noto diferença. 
Os rapazes queriam panquecas, como querem tantas vezes, e decidimos inventar uma mistura de farinhas para experimentar. Usámos cevada em grão e fizemos a farinha em casa, depois juntámos um pouco de farinha de espelta e um pouco de farinha de milho. Usamos sempre as farinhas e os grãos da Próvida porque são fáceis de encontrar aqui ao lado de casa e o preço é bastante acessível para bio.

Aqui ficam as quantidades para 12 panquecas:
150g de farinha de cevada
100g de farinha de espelta 
50g de farinha de milho
70g de manteiga
400g de leite de arroz (agora fazemos em casa)
2 ovos

O resto já sabem. Deitar pequenas porções do preparado numa frigideira bem quente. Virar quando soltar e retirar quando soltar o lado 2. Usámos mel para adoçar e não sobrou nem uma.
Agora a derradeira confissão: o Matias também comeu. Não era suposto, mas achei que lhe faria pior ficar a olhar e a babar e a resmungar do que comer um bocadinho. Muitas coisas temos que comer às escondidas, mas hoje demos uma abébia e mesmo sem um único dente ele adorou!
P.S. Conseguimos guardar 2 panquecas para a mana Madalena comer quando regressasse da escola e ela disse que estavam deliciosas.