terça-feira, 31 de maio de 2016

A Tília, magnífica nos Batidos Verdes e uma Receita muito Básica mas muito Saborosa





A natureza está cheia de plantas e folhas verdes que podemos consumir em segurança, mas que normalmente nem nos lembramos que existem, e uma delas é a tília. 
Há uns dias, encontrei a Fernanda Botelho num dos seus passeios guiados em que dá a conhecer às pessoas o uso e os benefícios da plantas silvestres. No momento em que nos encontrámos ela estava a falar da tília e dos seus benefícios e eu fiquei um bocadinho ali a ouvi-la e a tentar perceber se seria uma boa ideia fazer batidos com folhas de tília. 
Eu gosto muito de passear pelos campos e trazer para casa folhas para os nossos pequenos almoços, para além de fazer questão de ensinar aos meus filhos quais as folhas que se podem comer. Não é um assunto que domine, mas acho importante que eles saibam que podem comer malvas, urtigas, dente de leão, capuchinhas, entre muitas outras, e agora a tília, e que sejam capazes de as reconhecer.
Nesse dia em que encontrei a Fernanda, trouxe para casa um molho de folhas de tília para os nossos batidos e posso dizer-vos que são umas folhas com um sabor muito suave e agradável e uma cor verde claro que fica maravilhosa nos batidos. 
Vou deixar-vos com uma receita de batido muito, muito simples e saboroso, amigo das crianças e cheio de folhas de tília.
Espero que gostem e se aventurem...

Ingredientes para 2 litros de batido:
6 folhas grandes de tília sem a nervura central
4 bananas
3 laranjas
2 pêssegos Paraguai
1/2 abacate
água



sábado, 28 de maio de 2016

6 anos de Simão, o Livre

O nosso açoriano, terceirence, rabo-torto, fez hoje 6 anos. 6 anos a crescer nos nossos braços, sem nunca ter ido à escola, sem saber o que é ter hora para acordar, ou ir dormir, ou comer, ou ir à casa de banho. 
Já não me lembro do dia em que deixou de usar sapatos, mas há anos que não os usa. Não gosta!!!! Também não gosta de calças e por isso veste calções em todas as estações. Em casa, quando não está frio, não usa roupa. 
Chamam-lhe menina por causa do seu cabelo enorme, mas ele não se rala.
Aprendeu a andar de bicicleta sozinho e percorre toda a aldeia a pedalar, deixando-me com o coração bem pequenino. A mim e a toda a gente, embora muitos já se tenham habituado.
Sobe o escorrega, os muros e as árvores e salta do baloiço em andamento. Conhece toda a gente na aldeia e já todos o aceitam como é.
Adora formigas, caracóis, minhocas, bichos de conta, marias-café, rãs e todo o tipo de bicharada. Passa horas dos seus dias a brincar com formigueiros e a explicar-me tudo o que se lá passa. 
Gosta de mapas e quer saber onde ficam os países. Quando recebemos cartas é o primeiro a correr para ir ver os selos e perceber de onde vieram. 
Gosta de jogar o jogo da memória e de pintar com pincéis. 
Mas o que mais gosta mesmo é de dragões e dinossauros.
É tão livre, tão "selvagem", corajoso e divertido...
À noite, depois da história, já deitado na cama, pede-me para lá ficar com ele, dá-me a mão e diz que me adora! É assim o nosso Simão! Tão livre, mas sempre à procura do nosso colo.
Parabéns pequeno Simão. Desejo que cresças e sejas sempre livre e feliz como és hoje. Tens a infância que eu desejo para todos os meninos.









quinta-feira, 26 de maio de 2016

Parabéns Lourenço pelos teus 10 anos de vida



Já passaram 10 anos desde que olhei para ele pela primeira vez, tão pequenino e tão frágil. Hoje, tão crescido, por dentro e por fora, continua a ter uma ternura dentro dele que o faz único e tão especial. Dos meus 4 bebés foi sempre o mais tranquilo, dorminhoco e ternurento, coisas que não se perderam ao longo desta década. 
Mas hoje, quando olho para ele, já começo a vislumbrar o homem que um dia será.
Gosta de conversar, gosta de pessoas, gosta mesmo muito de pessoas! Gosta de cães, de gatos e de cavalos. Gosta de abraçar, e abraça até quem acabou de conhecer, deixando quem não o conhece com um ar desconcertado. Gosta de gelados, de música e de dançar. Gosta de festas na cabeça, que lhe leiam histórias e de desenhar. 
Gosta de espadas, escudos e arco e flecha e gosta de os construir em madeira. Gosta de cavaleiros, índios e guerreiros, playmobil e lego. Sempre que pode faz lanças e machados a partir de paus, com a faca Opinel que comprou com o seu dinheiro.  
Deixa sempre um bocadinho de comida no prato, não gosta de sopa nem de peixe. Gosta de andar de bicicleta, de jogar à bola, adora conhecer pessoas novas e não gosta dos livros da escola. Conhece pelo nome quase todas as pessoas da aldeia onde moramos e acredito que conquistou os seus corações. 
Gosta de ganhar dinheiro e é um grande vendedor.
Gosta de filmes de aventura e de cavaleiros, de jogar Catan e de fazer Mandalas em lã. Gosta de cuidar da horta, conhece plantas silvestres e seus nomes e quando crescer quer ter uma quinta com animais, viver numa autocaravana e viajar pelo mundo.
Gosta de aprender história, os descobrimentos e a reconquista cristã, e continua a escrever apenas com letras maiúsculas. 
É assim o Lourenço que enche a nossa vida de emoção e de desafios. É assim o Lourenço que enche os nossos corações.
Parabéns Lourenço por estes 10 anos de vida vivida com muita emoção.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Como Começámos a beber Batidos Verdes e a Inspiração na Família Boutenko


 Há uns 5 anos, quando estava a viver na ilha Terceira nos Açores, tive candidíase pela primeira vez na vida, mas não consegui curá-la de forma nenhuma com os tratamentos propostos pelos médicos e depois de 8 meses de grande sofrimento, comecei a pesquisar formas naturais de me tratar. Depois de uma longa busca, encontrei um blogue brasileiro de uma jornalista e escritora na área da saúde que investigou a cura da candidíase apenas através de dieta, mudança de hábitos alimentares e suplementos naturais. 
Nesse tratamento, que ainda hoje vou cumprindo, como prevenção, os hidratos de carbono eram para excluir totalmente durante uns meses. Foi neste processo de mudança de hábitos, principalmente ao pequeno almoço, altura em que comia sempre torradas com café, que descobri os batidos verdes através de uma amiga americana que também estava a viver nos Açores. Ela tinha aprendido a fazer os batidos com a família Boutenko, que hoje são a minha inspiração, e acreditava que a sua missão era despertar as pessoas que a rodeavam para hábitos alimentares saudáveis através dos batidos verdes. Connosco conseguiu e com muitas outras pessoas também. 
Na altura foi muito importante para mim aprender como se faziam batidos deliciosos e perceber como podiam ser tão agradáveis e saciantes. e desde esse dia que é esse o meu pequeno almoço e o do resto da família e algumas vezes o lanche também. 
A candidíase às vezes 
tenta voltar, mas eu já sei uns quantos truques para evitar o seu avanço. E ao contrário de muitas dietas para o combate à candidíase em que é necessário retirar a fruta por causa do açúcar, eu nunca o fiz. Aliás, é uma das vantagens destes batidos, como mantemos toda a fibra da fruta e acrescentamos folhas verdes, não provocam picos de glicémia e são tolerados por diabéticos. 
A família Boutenko, que são os pais dos batidos verdes, curaram muitas doenças incluindo a diabetes, tornando-se crudívoros e bebendo batidos verdes. Deixo-vos o link para um livro muito inspirador que escreveram contando a sua história e espero que ganhem coragem para também mudarem alguns hábitos. 
Como diz a Viktoria Boutenko, se a única mudança que fizermos na nossa alimentação for a introdução dos batidos verdes ao pequeno almoço, então já estamos a fazer uma coisa muito boa.
Hoje deixo-vos com um batido que é amigo das crianças, mesmo das mais esquisitas, e que é excelente para principiantes. Se ainda assim não for suficientemente doce, então juntem-lhe umas tâmaras.
Bom resto de semana!



Batido de morango e banana:
12 folhas médias de beterraba sem o talo
20 morangos
2 bananas
1/2 abacate
1 colher de sopa de bagas de goji
Água

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Sequência de Fibonacci - Matemática com Arte

Há uns tempos vi um projeto muito giro no Pinterest sobre a sequência de Fibonacci e fiquei com vontade de fazer algo parecido com os miúdos. O Lourenço que não é nada dedicado a projetos muito organizados andou semanas a falar nisto e a perguntar quando o íamos fazer. Com o Matias sempre pendurado em mim é difícil fazer coisas de muita precisão e elaboradas, mas com a colaboração de todos foi possível construir 3 "obras de arte".

Durante a nossa pesquisa no google sobre este tema, encontrámos 
este vídeo delicioso que nos mostra como os números desta sequência numérica estão por todo o lado na natureza.


Depois inspirámo-nos, demos asas à imaginação e fizemos 3 projetos diferentes.

1º projeto: construção de um puzzle com quadrados que tinham como medida de lado os números da sequência de Fibonacci; 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55. 
Fizemos apenas até ao número 55 porque daqui para a frente são números muito grandes para trabalhar em desenho.




No final da construção do puzzle desenhámos a figura que nele se encontra, o Nautilus, animal muito engraçado que é uma das paixões do nosso Simão que adora todos os livros sobre animais e que sabe muitas coisas interessantes sobre eles.


2º projeto: desenhar uma flor em que a sequência de cores respeitava a sequência de Fibonacci. Este desenho foi inspirado na forma como as Margaridas e outras flores têm 21 ou 34 pétalas e em como as sementes de girassol estão dispostas na flor. Inspirei-me e desenhei uma flor cujo código de cores respeita a sequência numérica.



3º projeto: o Lourenço desenhou uma espécie de construção em que cada peça era um dos números de Fibonacci. No final achei o resultado fantástico e original.



Em todos os projetos o Simão teve a tarefa de contar pétalas e quadrículas para se certificar que estava tudo correto e ajudou a colar as peças. Foi esta a sua contribuição e no final estava muito feliz.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Batidos Verdes - Sobre a Importância de Variar os Verdes ao Longo da Semana e Uma Receita com Beterraba



Variar os verdes ao longo da semana pede algum esforço de organização mas é importante que o façamos. No livro "Green Smoothie Revolution", Victoria Boutenko explica. 
Todas as plantas têm alcaloides nas suas folhas que se consumidos em grandes quantidades podem trazer-nos alguns desconfortos. A natureza deu às plantas esta característica para que os animais ao comerem as suas folhas não as comam até ao fim e vão passando para outras plantas evitando que a longo prazo estas sejam comidas até à extinção. É uma espécie de proteção que a natureza, que sabe bem o que faz, encontrou para que as plantas possam sobreviver. Mas cada tipo de planta tem um tipo diferente de alcaloide, logo, se variarmos as folhas verdes que comemos ao longo da semana evitamos comê-los em excesso e estaremos a consumir quantidades mínimas que nos fortalecem o sistema imunitário. É o princípio da homeopatia.

Se fizerem uma lista com 7 diferentes tipos de verdes para uma semana e os armazenarem em casa, poderão todos os dias escolher um diferente. Se tiverem uma horta, então ainda melhor. Existem algumas plantas espontâneas que poderão apanhar e comer se viverem no campo, mas sobre isso falarei numa outra altura. No caso das aromáticas que têm um sabor muito forte, podem adicioná-las aos verdes comuns em pequenas quantidades para não estragarem o sabor dos batidos. 

Um exemplo para uma semana poderia ser: 
Segunda-feira: espinafres
Terça-feira: alface sem os talos que dão um sabor amargo
Quarta-feira: folhas da beterraba também sem os talos mais grossos
Quinta-feira: acelgas, aproveitando só as folhas verdes
Sexta-feira: folhas de brócolos
Sábado: folhas de fora da couve coração, sem talos. As folhas de dentro são mais grossas e dão uma consistência menos suave.
Domingo: folhas de nabiça sem talos

Todas as folhas verdes interessam, incluindo agriões, aipo, salsa, manjericão. Deixei alguns exemplos dos sabores mais neutros, mas podem experimentar tudo o que seja folhas verdes. Por exemplo, se fizerem um batido de abacaxi, podem ter como base acelgas e temperar com umas folhas de hortelã. Deem asas à imaginação e contem-me as vossas experiências...

Ingredientes:
20 folhas de beterraba sem os talos
3 pêssegos pequenos
2 laranjas
2 bananas
2 colheres de chá de abacate maduro
2 tâmaras sem caroço
Água

quinta-feira, 12 de maio de 2016

O Sono dos Bebés e a Razão Porque Acordam Tantas Vezes



Infelizmente há quem acredite que é possível treinar os bebés para dormirem quando os pais querem e até para não acordarem a meio da noite e incomodar o sono dos progenitores. Parece uma piada, mas há quem acredite que isto é possível e não tem graça nenhuma.
Infelizmente há quem acredite que é possível para um bebé aprender a autoconsolar-se quando acorda e voltar a adormecer sozinho e por causa desta teoria há por aí muita gente a aconselhar os pais que deixem as criancinhas aos berros porque têm que aprender que o papá e a mamã precisam de dormir.
Infelizmente ainda há quem acredite que os bebés que não dormem a noite toda têm um problema, mas ninguém pensa que se todos os bebés têm este "problema" então talvez não seja um problema e sim uma característica.
Infelizmente há quem acredite que se um bebé acorda muitas vezes durante a noite é porque está mimado e precisa é de disciplina. Há até quem chegue ao ponto de dizer que os bebés querem é manipular os pais e que então choram a noite toda só para chatear e chamar a atenção. Até dá vontade de rir não fosse tão triste o resultado de tais teorias.
E o pior é que infelizmente há pais a serem perseguidos por terceiros, incluindo pediatras, para que treinem os seus rebentos. Treino! Uma palavra que para mim não conjuga com a palavra criança. 
Para vocês, pais conscientes e preocupados em construir uma relação de profunda conexão e amor com os vossos filhos, leiam este artigo muitíssimo bom que explica muito bem porque é que os bebés e crianças até aos 3 anos, mais coisa menos coisa, acordam tantas vezes durante o sono e não nos deixam dormir a porra de uma noite seguida!
Bom, eu tenho 4 filhos, incluindo um bebé com 9 meses que acorda várias vezes durante a noite apenas para me manipular e torturar. E está a conseguir!!!
Durmam bem e bons sonhos...
E não se esqueçam de ir ler o texto!!!

terça-feira, 10 de maio de 2016

Os Benefícios dos Batidos Verdes e Uma Receita Deliciosa





Quando digo que bebo batidos verdes todos os dias há quase 5 anos, as pessoas olham para mim com ar de espanto e perguntam se é bom. Claro que é bom! Se não fosse, eu não aguentaria fazê-lo todos os dias nos últimos 5 anos. 
E depois vem a pergunta, porquê? Porque sabe bem e porque faz bem. Quantos de nós ingerem quantidades suficientes de folhas verdes todos os dias? Poucos! Não conheço ninguém que se levante de manhã, pegue numas quantas folhas de couve, ou acelga, ou espinafres, ou brócolos, e se sente a mastigar com um ar deliciado e que no final se sinta saciado. 
Por outro lado, os vegetais verdes são ricos em celulose o que os torna difíceis de digerir pelo nosso sistema digestivo. Num corpo perfeitamente saudável e sem qualquer défice de nutrientes, a digestão dos verdes faz-se através da saliva e dos sucos gástricos. O problema é que muitos de nós, devido a deficiências nutricionais já não têm quantidade suficiente de sucos gástricos para quebrar a celulose das folhas verdes. Assim, a melhor forma de os ingerir é já mastigados, para simplificar o processo. Mas não me parece a solução ideal.
Por isso, ao destruirmos a celulose das folhas verdes nas liquidificadora e adicionando-lhes frutas doces, fazemos uns batidos saudáveis e saborosos que nos enchem de nutrientes tão necessários ao nosso sistema himunitario e que nos dão energia por muitas horas.

Deixo-vos com uma receita de batido verde e com uma pergunta: o que vos impede de começarem a beber batidos todas as manhãs? Não é uma crítica, apenas uma pergunta. Deixem-me todas as vossas questões aqui nos comentários e eu responderei o mais brevemente possível.
O próximo tema dos batidos verdes será: a importância de variar os verdes ao longo da semana.
Bom apetite!!!

Ingredientes para 1,5 litros de batido:
1 molho de folhas de beterraba
30 uvas Red Globe
2 bananas
1 laranja pequena
1/2 abacate
1 colher de sopa de bagas de goji
água

(parte da informação contida neste texto poderá ser encontrada no livro "Green Smoothie Revolution" da Victoria Boutenko)


sexta-feira, 6 de maio de 2016

Duas Receitas Simples, Saborosas e Saudáveis Para um Dia de Preguiça

Embora a chuva tenha voltado, o frio já não se sente, e já apetece comer coisas mais frescas e mais leves. Os que já me conhecem, já sabem que gosto pouco de cozinhar mas gosto muito de comer. Mas uma das minhas preocupações diárias é encher a barriga de todos com nutrientes e energia. Para nós é importante mantermos uma alimentação saudável com poucos processados, é o nosso seguro de saúde, mas sempre sob o lema Keep it Simple.
Hoje deixo-vos com 2 receitas simples e deliciosas, cheias de nutrientes. Um guacamole maravilhoso que aprendi com a minha amiga Rita e um húmus que é receita cá de casa há muitos anos.
Espero que gostem e se tiverem dúvidas ou questões que queiram colocar, façam-no à vontade que responderei o mais rápido possível.

Ingredientes para o Guacamole:
2 abacates maduros
1 cebola grande
Tomate cortado em pedaços pequenos
Sumo de 1 limão 
Sal 


Passo 1: cortar a cebola em pedaços pequenos e temperar com sal
Passo 2: desfazer os abacates com um garfo até fazer uma pasta
Passo 3: juntar a pasta de abacate à cebola com sal, adicionar os tomates já cortados, temperar com sumo de limão e misturar bem.



Ingredientes para o húmus:
1 lata grande de grão cozido.
1 dente de alho
1 ramo de salsa
Sumo de 1/2 limão
Sal
1 fio de azeite (mesmo muito pouco)
Água (cerca de 100ml)

Como fazer:
Colocar todos os ingredientes numa liquidificadora e triturar até fazer um puré. No nosso caso usámos a bimby na velocidade 5/6.




Enquanto estive na cozinha a preparar este belo repasto, os mais pequenos ficaram a tomar conta do Matias que comia pepino e se ria das piadas dos irmãos e ainda teve direito a uma voltinha pela casa dentro da caixa do lego.



Depois, encheram a barriga para terem energia para novas brincadeiras.


quarta-feira, 4 de maio de 2016

Como Fazer Mandalas com Pétalas de Flores com as Crianças

Respondendo a uma questão que me é muitas vezes colocada, sobre como consigo que as crianças participem nas coisas que gosto de fazer, a minha resposta é que não consigo, nem quero conseguir.
O meu objetivo ao fazer coisas com os meus filhos é o de nos divertirmos e que eles aprendam a conhecer-se e a perceber o que mais gostam. Parte do encanto de Aprender é que só acontece se estivermos abertos a essa aprendizagem.
Faço propostas, dou ideias, mas muitas vezes não avanço com nada porque simplesmente eles não querem. 
Outras vezes, muitas, maioria talvez, são eles quem fazem as propostas e eu adapto-me. Arranjo os materiais e mergulho no abismo. Para isto, muitas vezes tenho que sair da minha zona de conforto para me dedicar a actividades que para mim são novas e me deixam no papel de quem também está a aprender. Outras vezes, simplesmente avanço com coisas que me apetece fazer e espero que eles se juntem, ou não.
Esta é uma das minhas regras, nunca forçar a participação das crianças nas actividades que me proponho fazer, e por outro lado dar-lhes a possibilidade de aprenderem pelo exemplo. Isto é, se me apetece abraçar uma tarefa, faço-o, e com isto eles vêem-me dedicada àquilo que me apaixona e não há melhor aprendizagem do que essa, a de nos dedicarmos às nossas paixões.  

Estas Mandalas nasceram de uma proposta minha e de uma longa espera pela Primavera para podermos apanhar as flores e criar coisas lindas com elas e como eles adoram um belo passeio matinal, juntámos o útil ao agradável. Apanhámos as flores, discutimos que flores seriam, fomos ver aos livros, falámos sobre as abelhas que felizmente ainda se vêem por aí a polinizar, e fizemos umas lindas Mandalas para dar as boas vindas à Primavera.
Experimentem e depois contem-me como correu!

Como fazer:
Passo 1: apanhar as flores e apenas as flores, para que mais possam nascer e crescer.



Passo 2: retirar as pétalas com cuidado para não se estragarem.



Passo 3: recortar 2 quadrados de película plástica autocolante (daquela que usávamos para forrar os livros da escola) com cerca de 25cm de lado. Uma das folhas vamos usar para colar as pétalas e a outra reservamos para colar por cima no final.
Passo 4: dar asas à imaginação e deixar as crianças fazer o que quiserem. Como podem reparar a Mandalas do Simão nem sequer é uma Mandala, mas para ele tem um significado e saiu-lhe do coração.




Passo 5: colar a segunda folha de plástico autocolante por cima da mandala acabada e enfeitar os vidros de casa.